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11.12.2020

O que é a endometriose?

Ser mulher não é fácil, porque além de todas as tarefas e responsabilidades que temos, ainda precisamos conviver com o nosso período menstrual. Com ele, vem o desequilíbrio dos hormônios, que nos levam à TPM e desencadeiam uma série de sintomas, como a irritabilidade, retenção de líquidos e dores de cabeça, e as famosas cólicas.

Mas, quando a dor passa a ser incapacitante, é sinal de que algo está errado. De acordo com um levantamento realizado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), cerca de 6,5 milhões de mulheres brasileiras são afetadas pela endometriose.

Essa é uma doença crônica, que regride espontaneamente com a menopausa, devido a queda na produção dos hormônios femininos. Isso porque, a cavidade interna do útero é revestida por uma mucosa, o endométrio, que sofre as alterações mensais do ciclo menstrual e é onde o óvulo fertilizado se implanta.

Caso não ocorra a fecundação, o endométrio descama e é eliminado através da menstruação. Entretanto, algumas de suas células podem migrar no sentido oposto (chamada de menstruação retrógrada), subir pelas tubas e cair na cavidade abdominal, se multiplicando e provocando uma reação inflamatória.

Assim, ainda que a endometriose possa ser assintomática, entre os principais sintomas estão a cólica menstrual que, com a evolução da doença, aumenta de intensidade, e a dispareunia, um transtorno caracterizado pela dor genital durante e após as relações sexuais. Além disso, a doença também pode levar à infertilidade.

O diagnóstico pode ser feito através de exames laboratoriais e de imagem, mas a certeza depende de uma biópsia. Uma vez que a doença é confirmada, existem opções de tratamento para que a mulher volte a viver com qualidade de vida, dentro do possível.

Nos casos em que a endometriose está avançada, o tratamento é sempre cirúrgico e seguido de complementação clínica. Já nos casos iniciais, uma alternativa é compor o tratamento clínico com medicamentos que suspendem a menstruação, lembrando que esses podem provocar efeitos colaterais adversos. Outra alternativa, para mulheres com filhos, é a remoção dos ovários e do útero.

Além disso, praticar exercícios físicos é fundamental, bem como realizar acompanhamento com um psicoterapeuta, uma vez que a doença pode levar ao estresse e à ansiedade. E ainda, poder contar com a sua rede de apoio ajuda a mulher a não se sentir sozinha e abandonada, uma vez há diversos relatos de outras pacientes que tiveram suas queixas ignoradas.

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