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03.05.2021

As principais dúvidas sobre as vacinas contra a Covid-19

Há mais de um ano estamos enfrentando o SARS-Cov-2, mas não só ele! Com a pandemia, veio também o desemprego e muitos outros problemas socioeconômicos, de forma que a aprovação das vacinas pela Anvisa foi uma grande vitória! Apesar disso, as dúvidas e a desconfiança estão causando debates sobre a confiabilidade e a segurança delas. Por isso, respondemos as principais dúvidas sobre o assunto, para que, no lugar do vírus, a informação seja disseminada. 

 

  • Como elas foram desenvolvidas tão rápido?

Além do avanço científico das últimas décadas e do conhecimento que os cientistas já tinham, por terem produzido vacinas para o enfrentamentos de epidemias causadas por outros coronavírus, como o SARS-CoV (2003) e MERS-CoV (2012), há ainda um grande investimento governamental de vários países. Tudo isso possibilitou que as diferentes fases de desenvolvimento da vacina ocorressem de forma simultânea e sem intervalos, resultando em maior agilidade de todo o processo.

 

  • Mas elas são, realmente, eficazes?

Sem exceção, todas as vacinas são submetidas a ensaios clínicos rigorosos e, conforme o seu desenvolvimento progride, a segurança continua sendo avaliada. Além disso, mesmo quando já estão em uso geral, cientistas, órgãos governamentais e organizações de saúde pública continuam a coletar dados sobre possíveis efeitos adversos.

No caso das vacinas contra a Covid-19, a taxa de eficácia de cada uma é calculada tendo por base o número de pessoas que desenvolveram a infecção e foram vacinadas, em comparação com aquelas que não foram ou receberam uma dose de placebo.

 

  • Qual a melhor vacina para tomar?

A melhor vacina é aquela que passou por todos os órgãos regulatórios e foi aprovada. Por isso, ainda que os números sejam diferentes, o que importa é que, ambas as vacinas disponíveis no Brasil até o momento, são 100% eficazes contra casos graves, e sem efeitos adversos. Além disso, as campanhas de vacinação são uma estratégia coletiva e de saúde pública, ou seja, não adianta se vacinar enquanto o vírus continua a se espalhar e sofrer mutações, porque você pode não estar protegido contra elas.

 

  • Estar vacinado significa que não posso mais me infectar?

Há dois tipos principais de imunidade que podemos obter com as vacinas: a efetiva, que é capaz de evitar que um patógeno cause doenças graves, e a esterilizante, que pode evitar totalmente as infecções e até mesmo prevenir casos assintomáticos. Entretanto, essa última raramente é alcançada pelas pesquisas.

No caso das vacinas contra a Covid-19, até agora, a eficácia foi avaliada pelo fato de impedir o desenvolvimento de sintomas, e não pela sua capacidade de prevenir a transmissão, pois, devido ao descontrolado avanço da pandemia, a prioridade é prevenir os casos mais severos da doença.

Assim, respondendo de maneira objetiva: não! Isso não significa que você está isento de ser infectado e de transmitir o vírus. Por isso, é importante que, mesmo aqueles que já foram vacinados, continuem seguindo as medidas preventivas recomendadas pelo Ministério da Saúde, como o uso da máscara e o distanciamento social.

 

  • É preciso tomar as duas doses?

Sim, é indispensável! Em geral, alguns imunizantes começam a fazer efeito 10 dias após a aplicação da primeira dose, entretanto, a eficácia determinada pelos estudos e divulgada para a população só será alcançada com a segunda dose. Ou seja, com apenas uma dose não estamos imunizados e protegidos.

Por fim, mas não menos importante, cabe a nós desmentir algumas das fake news que estão sendo espalhadas por aí, a começar pela crença de que as vacinas de DNA e RNA vão criar uma nova espécie, destruindo a nossa. Acontece que elas não são capazes de alterar o nosso material genético, uma vez que não são inseridas dentro do genoma humano. Portanto não iremos nos tornar seres humanos geneticamente modificados.

Além disso, alguns grupos antivacinas acreditam que as vacinas possuem a enzima luciferase em sua composição, associando-as com a marca da besta. Apesar dela existir — não em vacinas —, a enzima é responsável por catalisar a reação biológica de oxidação da luciferina por oxigênio, transformando energia química em energia luminosa, fazendo com que, por exemplo, vagalumes brilhem no escuro. 

Existem ainda outras teorias da conspiração, mas é importante que você sempre confira a fonte da informação, principalmente antes de compartilhá-la! E ainda, desconfie de veículos que nunca tenha ouvido falar, dando preferência aos mais tradicionais, que são conhecidos pela confiabilidade.

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